5.7.09

Finalmente a Normandia.




















©paulo alexandrino






Como muitos da minha geração, os de sessentas, desenvolvi um interesse infanto-juvenil pela 2ª guerra mundial, que raiava o obsessivo. A minha erudição, era largamente assente em três respeitáveis catrapázios editados pelas Seleções, no consumo voraz de tudo o que era filme de guerra e com a frequência dos livros do Sven Hassel que faziam o contraponto possível ao discurso do lado vencedor.

Isto para dizer que agora, passados 30 anos sobre estes entusiasmos, pude finalmente, no embalo de umas férias em familia, marchar sobre a Normandia, as suas praias, cemitérios e demais atrações.

Retive que gostei muito da estratégia de (quase não) conservação das fortificações alemãs de costa. Ao permitir que os efeitos da passagem do tempo vão inexorávelmente fundindo as ruinas na bucólica paisagem normanda, obtem-se uma bela alegoria que fala com o tempo que as grandes feridas levam a sarar. Também no belissimo cemitério alemão em La Cambe, o tempo passa sereno, num ambiente de perfeita geometria romântica, que de certa forma contrasta com o mais espectacular, mas mais movimentado e buliçoso cemitério americano de Colleville-Sur-Mer
onde o sentido de espectáculo de além atlântico impõe uma cenografia mais esmagadora.
Galeria de imagens em registo muito livre para ver aqui.

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